Campanha contra câncer de pele é estendida até o fim do verão

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia estendeu a campanha Dezembro Laranja, e agora ela se chama Verão Laranja, e vai acontecer durante toda a estação até o mês de Abril.

O objetivo da campanha é alertar sobre os riscos do calor e da radiação solar cada vez maior nesses primeiros meses do ano, e manter a população informada sobre como aproveitar o verão e evitar problemas de saúde a curto e longo prazo, tais como irritações e câncer de pele.

Segundo o dermatologista Elimar Gomes, coordenador da campanha Verão Laranja, “o Brasil é um país tropical e tem níveis de radiação altos mesmo no inverno. A campanha é lançada em dezembro, primeiro mês do verão, mantém sua mensagem ativa e daí segue para a frente com o mote Verão Laranja, mas o ideal é que as pessoas se protejam o ano inteiro”, disse o dermatologista à Agência Brasil.

 

Dicas de proteção

A primeira recomendação do médico é reduzir a exposição desprotegida ou exagerada ao sol, evitando o horário de maior pico do sol que, sem o horário de verão, vai das 9h às 15h. O filtro solar deve ter fator de proteção superior a 30. Para as pessoas de pele mais clara, o ideal é usar protetor com fator 50 ou 70, além de óculos e chapéu.

Na praia, Elimar Gomes recomenda o uso do guarda-sol de lona, que protege muito mais que o de plástico. O dermatologista alerta que, como a areia também reflete a radiação, o filtro solar deve ser usado também sob o guarda-sol – estudos comprovam que, mesmo embaixo do guarda-sol, a pele fica vermelha por causa da reflexão.

 

Riscos da falta de proteção

Segundo Elimar Gomes, a radiação ultravioleta provoca uma série de danos à pele: os benignos, que não estão relacionados ao câncer, e os malignos, relacionados a essa doença.

Os danos benignos incluem o envelhecimento da pele, perda de elasticidade, rugas mais profundas, aparecimento de manchas, diminuição da produção de colágeno e alterações da imunidade da pele.

“Algumas pessoas, quando se expõem em um período demasiado prolongado ao sol, podem desencadear crises de herpes labial, por exemplo, porque têm uma diminuição da imunidade e uma ativação do vírus do herpes. Há também algumas alergias provocadas pelo sol. Quando se está exposto à radiação, podem ocorrer reações alérgicas relacionadas a isso”, lembra o médico.

Entre os danos malignos, destacam-se os cânceres de pele, alguns relacionados à exposição ao sol. O melanoma, por exemplo, um câncer de maior gravidade, relaciona-se com episódios em que a pessoa se expõe ao sol e fica vermelha. Os carcinomas, mais comuns e não tão graves quanto o melanoma, são outro grupo de cânceres de pele, provocados tanto pela exposição crônica ao sol quanto por episódios de queimadura.

“Uma pessoa mais idosa, que é branquinha e ao longo da vida tomou muito sol, mesmo não sendo na praia, se no trabalho do dia a dia ficou exposta ao sol, tem chance muito alta de desenvolver câncer nas áreas do corpo expostas, como rosto, orelha e mão”, diz Elimar Gomes.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia aproveita essa época do ano para promover a campanha, alertar sobre os riscos do verão, falar sobre prevenção de doenças e para lembrar que o ideal é que as pessoas se protejam ao longo de todo o ano.

Fonte: Agência Brasil

 

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Responsável Técnico:
Dr. Emmanuel Gonçalves de Azevedo Lima (CRM 033145/PR)

 

 

 

 

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